Um
levantamento nacional inédito – realizado pelo Ceats/FIA (Centro de
Empreendedorismo e Administração em Terceiro Setor da Fundação Instituto
de Administração) e pela ONG Plan – apontou que a situação de violência
e manifestações de bullying são comuns em escolas brasileiras: 70% dos
entrevistados disseram ter presenciado cenas de agressões entre colegas,
sendo que 17% vivenciaram, de fato, a prática do bullying. No
levantamento por região, Sudeste e Centro-Oeste apresentam os maiores
índices de bullying: 14% e 13%, respectivamente, contra 10% no Sul e 7%
no Norte e no Nordeste. Considerou-se bullying a vivência da situação de
violência entre estudantes durante mais de três vezes durante o ano
letivo observado.
Participaram da pesquisa
5.168 estudantes de escolas públicas e particulares das cinco regiões do
Brasil. Também foram realizadas entrevistas com grupos formados por
pais ou responsáveis, técnicos, professores e gestores de escolas
localizadas nas capitais pesquisadas. O estudo faz parte da campanha
internacional “Aprender sem Medo”, da Plan Brasil, organização
não-governamental de origem inglesa. A campanha tem como objetivo
contribuir com a redução da violência no ambiente escolar.
Comportamento
Na maioria dos casos, a ocorrência se limita a agressões verbais praticadas por um aluno contra outro. E são consideradas por alunos, pais, professores e gestores como normais nos relacionamentos entre crianças e entre adolescentes. Porém, essa prática tende a ser uma etapa inicial de um processo desencadeador de maus tratos, que vão se tornando cada vez mais violentos.
De modo geral, os estudantes vítimas do bullying tendem a não reagir diante da prática da violência. Normalmente apresentam alguma diferença em relação aos demais colegas, como traço físico marcante, necessidade especial, vestimentas consideradas diferentes ou status socioeconômico também diferenciado da maioria do grupo. Demonstram sentimentos de desconforto, apatia, irritabilidade e tristeza. E são descritos pelos agressores como pessoas tímidas, fracas, inseguras e merecedoras do castigo.
A justificativa principal da prática é a necessidade de fazer parte do grupo de referência. Essa inserção seria a obtenção da popularidade. Apesar da freqüência da violência, os agressores costumam se arrepender da prática cometida por eles.
Ambos, vítimas e agressores, sofrem prejuízos pelo envolvimento na violência no ambiente escolar. Costumam perder o interesse pelo estudo e não se sentem motivados a freqüentar as aulas.
Prevenção
A responsabilização pela prática do bullying é mutuamente atribuída a pais, familiares, técnicos e professores. Segundo as escolas, as famílias não assumem a socialização adequada das crianças. Para os pais, os profissionais de ensino desconhecem as necessidades e os problemas dos alunos.
As escolas também não estão preparadas para evitar essa prática. A maioria delas não apresenta programas específicos de combate ao bullying, que muitas vezes é tratado como um caso isolado de indisciplina. Assim, não há uma ação de alcance mais amplo e coletivo para a prevenção e controle da violência no ambiente escolar.
Segundo os pesquisadores, todos os atores sociais, como família e educadores são responsáveis pela eliminação da violência nas escolas. Um plano estratégico, com o estabelecimento de metas objetivas de redução dos casos de bullying deveria ser traçado. Além disso, a gestão escolar deve se integrar com outras instituições do Estado e da sociedade civil.
fonte: www.promenino.org.br/Ferramentas/DireitosdasCriancaseAdolescentes/tabid/77/ConteudoId/a6ff275b-999f-4833-8d82-ae1dbf4a1e52/Default.aspxComportamento
Na maioria dos casos, a ocorrência se limita a agressões verbais praticadas por um aluno contra outro. E são consideradas por alunos, pais, professores e gestores como normais nos relacionamentos entre crianças e entre adolescentes. Porém, essa prática tende a ser uma etapa inicial de um processo desencadeador de maus tratos, que vão se tornando cada vez mais violentos.
De modo geral, os estudantes vítimas do bullying tendem a não reagir diante da prática da violência. Normalmente apresentam alguma diferença em relação aos demais colegas, como traço físico marcante, necessidade especial, vestimentas consideradas diferentes ou status socioeconômico também diferenciado da maioria do grupo. Demonstram sentimentos de desconforto, apatia, irritabilidade e tristeza. E são descritos pelos agressores como pessoas tímidas, fracas, inseguras e merecedoras do castigo.
A justificativa principal da prática é a necessidade de fazer parte do grupo de referência. Essa inserção seria a obtenção da popularidade. Apesar da freqüência da violência, os agressores costumam se arrepender da prática cometida por eles.
Ambos, vítimas e agressores, sofrem prejuízos pelo envolvimento na violência no ambiente escolar. Costumam perder o interesse pelo estudo e não se sentem motivados a freqüentar as aulas.
Prevenção
A responsabilização pela prática do bullying é mutuamente atribuída a pais, familiares, técnicos e professores. Segundo as escolas, as famílias não assumem a socialização adequada das crianças. Para os pais, os profissionais de ensino desconhecem as necessidades e os problemas dos alunos.
As escolas também não estão preparadas para evitar essa prática. A maioria delas não apresenta programas específicos de combate ao bullying, que muitas vezes é tratado como um caso isolado de indisciplina. Assim, não há uma ação de alcance mais amplo e coletivo para a prevenção e controle da violência no ambiente escolar.
Segundo os pesquisadores, todos os atores sociais, como família e educadores são responsáveis pela eliminação da violência nas escolas. Um plano estratégico, com o estabelecimento de metas objetivas de redução dos casos de bullying deveria ser traçado. Além disso, a gestão escolar deve se integrar com outras instituições do Estado e da sociedade civil.
acessado em 24/01/2014 as 15:00hr
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